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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Exposição Fotojornalismo, a notícia como arte

Exposição Fotojornalismo, a notícia como arte abre hoje no Espaço Cultural Porto Freire apresentando um panorama do fotojornalismo cearense.

 
Espaço tradicionalmente destinado a obras de artistas plásticos, as galerias de arte, eventualmente, podem abrir suas portas para diferentes manifestações e entendimentos do que seja a arte. Esse é o caso da exposição Fotojornalismo, a notícia como arte que abre amanhã, às 19h30min, no Espaço Cultural Porto Freire. Reunindo cerca de 60 fotografias selecionadas pelos repórteres e editores dos jornais O POVO e Diário do Nordeste, a mostra fica em cartaz até o dia 3 de abril.

Com curadoria do artista plástico Roberto Galvão e dos editores de fotografia dos dois jornais, Fotojornalismo, a notícia como arte apresenta imagens marcantes de diferentes momentos da história do Ceará. Entre elas, a rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, em 1994, quando Dom Aloísio Lorscheider foi tomado como refém, ou a visita do papa João Paulo II a Fortaleza, em 1980. “A arte do século XXI é a fotografia e a exclusão do fotojornalismo é improcedente. Qualquer imagem conta seu tempo”, explica Galvão.

Para Roberto, apesar de ainda haver discordância no meio artístico, a fronteira entre arte e fotojornalismo é inexistente. Ele defende sua posição dizendo que uma foto com forma, textura, composição traz tanta carga dramática quanto outros tipos de manifestação artística. “Sinto que existe certa polarização. As pessoas não falam, mas excluem (o fotojornalismo). Não debater é se omitir”.

Afirmando que o fotojornalismo depende do texto para passar uma informação completa, Alcides Freire, editor de fotografia do O POVO, define a exposição, que passa do filme fotográfico à foto digital, como “recortes fotográficos do tempo”. “A foto digital mudou a forma de fotografar. Trouxe um ganho de possibilidades, mas o ato de fotografar está dentro de cada um”. Eduardo Queiroz, do Diário do Nordeste, acrescenta que a foto digital permitiu que os fotógrafos trabalhassem com mais segurança. “Tem momentos em que você pode fazer a foto clássica e outros em que trabalhar com borrados, anéis de luz”.

“O fotógrafo é um artista criativo. Pela fotografia se pode contar a história do mundo”, diz Mauri Melo, há 38 anos no O POVO. Para ele, muitas imagens que ilustram as páginas dos jornais têm a capacidade de comunicar por si só, independente do texto e completa assumindo que o ideal é a foto tirada ao natural. “Não pode mexer na cena. Se mexer, perde a graça”. Para Rodrigo Carvalho, fotógrafo do Diário do Nordeste, as escolhas estéticas na hora de captar uma imagem são as “armas” que ele tem para captar o leitor. “Com a correria do dia a dia, dificulta colocar uma arte ali. Usar uma lente, um ângulo diferenciado mostra que tipo de sensação você quer passar ali”, explica.

SERVIÇO
FOTOJORNALISMO, A NOTÍCIA COMO ARTE
Quando: abertura em 10 de fevereiro, às 19h30. Em cartaz até 3 de abril, das 9h às 21h.
Onde: Espaço Cultural. Porto Freire (Rua Joãozito Arruda, s/n – Cidade dos Funcionários, dentro do Parque del Sol).
Outras informações: 3459 0061 ou 3459 0062.


Fonte: Jornal O Povo

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